Alan Sanches classifica como “desumana” fala de Jerônimo sobre pacientes em corredores

Deputado Alan Sanches, que é médico, criticou a declaração do governador Jerônimo Rodrigues de manter pacientes em corredores de hospitais estaduais.

foto:divulgaçao

O vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado estadual Alan Sanches (União Brasil), classificou como “desumana” a declaração do governador Jerônimo Rodrigues (PT) de que orienta a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) a deixar pacientes aguardando nos corredores dos hospitais estaduais. A justificativa do governador seria que, em muitos casos, a responsabilidade do atendimento caberia às prefeituras.

Para Alan Sanches, a fala de Jerônimo Rodrigues “ultrapassa qualquer limite de razoabilidade e revela profundo desprezo pelo sofrimento da população”.

“Como médico, eu preciso dizer que é desumano o que o senhor diz, governador. O senhor fala de pacientes que estão em macas, nos corredores, esperando atendimento e na angústia da dor. E, ao invés de agir, o senhor simplesmente manda deixar tudo como está”, criticou o parlamentar.

O deputado afirmou que Jerônimo tem se habituado a apontar o dedo para os prefeitos, numa manobra repetida para transferir responsabilidades que são, em grande parte, do governo estadual.

“O governador não sabe o que diz ou então está muito mal-assessorado. Pois, já que ele quer sentar com o Ministério Público, não precisa causar mais sofrimento a quem já está sofrendo em uma maca de um corredor de um hospital ou UPA. Ele está mostrando a incapacidade de resolver um problema gravíssimo que é a fila da regulação”, declarou Sanches. “Fico muito triste quando o governador do meu estado pensa dessa forma, tão fria e desumana”.

Sanches reforçou a crítica, chamando atenção para a falta de empatia do gestor.

“A fala do governador não é apenas infeliz, mostra que ele não consegue mais gerir o Estado, muito menos cuidar da saúde do povo baiano. A Bahia não merece ouvir de seu líder uma orientação tão fria e tão distante da realidade de quem está na fila, na dor e no desespero”, emendou.